segunda-feira, 5 de abril de 2010

Liberdade Sufocante

Ansiada tanto por liberdade. Sentir o vento contra o cabelo. Sem necessidade de respostas. Apenas sair e viver. Ansiava por uma liberdade utópica. E pela felicidade que chegaria. Pela falta de pessoas. Ansiou tanto que conseguiu. E a liberdade, a tão sonhada liberdade, só lhe trouxe uma resposta.

Liberdade demais sufoca.

Viver no silêncio. Sem respostas. Presa em um mundo de um dia. Nada durava mais que um dia naquela liberdade sufocante. Naquela perfeição imperfeita. Onde rostos se dissolvem em segundos e nomes não são lembrados pra sempre. Desejou tanto essa liberdade, que no momento que a conseguiu já não a queria mais. Ansiou tanto um sonho que quando a realidade lhe atingiu foi um choque.

Sonhos. Liberdade. Realidade. E apenas uma resposta:

Liberdade demais sufoca.

sábado, 20 de março de 2010

Eu sou...

Eu sou um pouco de tudo. Mas principalmente da inconstância. Sorrisos e lágrimas me perseguem. Eu não sei ser apenas uma. Eu sou tudo. Eu sou nada. Meios termos não me atraem e promessas são apenas promessas. Eu gosto de ações. Ou é ou não é. Amores verdadeiros me faltam, mas ainda assim me contento com os poucos que possuo. Talvez eu não signifique nada para você, mas quem se importa? Quem realmente se importa? Eu prefiro o silêncio. Então, não grite, não faça escândalos, meu tempo para dramas se limita apenas a livros e filmes. Meu mundo é apenas meu, não ultrapasse a linha amarela, não gosto de invasores. Não gosto de perda de tempo. Para falar a verdade, gosto de poucas coisas, e não vou revelá-las hoje. Tudo que você precisa saber é que eu sou inconstante. Sou o sol bem no meio do temporal. Ou o temporal bem no meio de um dia ensolarado. Não quero sorrisos – que não sejam verdadeiros – e não quero promessa. E não esqueça. Não ultrapasse a linha amarela, porque eu definitivamente odeio invasores. Você não precisa conhecer meu mundo. A única coisa que precisa saber são minha regras.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sorrisos



Existem tantos tipos de sorrisos. Os que mostram animação. Ou a falta dela. Os que você quer e os que você não quer. Existem pessoas que sorriem para espantar a tristeza. E os que sorrisos que mostram coisas que não existem. Mas, para mim. E apenas para mim. O melhor sorriso é o de um amigo. Aquele sorriso acolhedor. Aquele transpira confiança e que tem o mesmo poder das palavras. Das que palavras certas. E dos momentos certos. O sorriso mais verdadeiro e essencial. Ouso dizer que é apenas disso que preciso. De sorrisos. E é claro, de amigos. Dos mais sinceros e verdadeiros. Dos que acolhem e aceitam, sem restrições, sem desconfianças. Sorrisos e amigos. Sorrisos de amigos. É o que sempre vai importa, aconteça o que acontecer.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Música&Amor


A música. Letra. Melodia. O poder de inebriar, de ficar em sua mente. Doce. Triste. Devastadora. A música que canta corações partidos. Sofrimentos profundos. Que diz adeus. A música uni e separa. A verdade dita de jeito lento, calmo, poético.
E eu cantei. Sobre amores proibidos. Eu cantei. Eu mostrei. Eu te amo gritava para ele, secretamente, a cada frase cantada. Então eu cantei e parei.

Os lábios foram de encontro aos meus. O beijo foi avassalador. O tempo era pouco. Tudo deveria ser inesquecível. O fôlego faltou e quando respirei, senti o cheiro de cigarro e hortelã. O cheiro dele em mim. Inesquecível. Cada momento, cada segundo no qual passara com ele. Inesquecível.

- Eu te amo – a voz rouca cortou o silencio.

- Eu também - respondi.

Isso bastaria.

La musique est l'amour dans la recherche d'un mot.
(Música é amor em busca de uma palavra)


sábado, 30 de janeiro de 2010

Anjo da Morte

Com um sorriso falso no rosto, e o sofrimento escondido por baixo de varias camadas de sombra preta que lhe cobria os olhos. Ela sorria e esbanjava a felicidade que não tinha. Que nunca teria. Ela era um produto e apenas isso. Ela era usada por todos. E nunca se importava. Era mais fácil desse jeito. Ela tinha medo. Corria. Chorava. Tudo em silencio. Sozinha. Sozinha, era como ela sempre estaria. A mão amiga, ela recusava. Pensava. Mais tarde aquilo a machucaria. Ela ocultava os sentimentos. Ela queria gritar. Queria se entregar ao nada. Mas apenas continuava a sorrir.
"As mascaras caem, um dia'' disseram-lhe uma vez e tudo que ela desejava, era que a dela caísse também para que finalmente pudesse viver. Ela se escondia, de novo. Sozinha. Sangrava. Pedia ajuda. Mas era apenas a escuridão. E essa, nunca poderia ajudá-la. Então ela se afunda. Ela rir durante o dia e chora durante a noite. Ela esta com pessoas que a fazem rir, não com as que a fazem feliz. Ela encontra a solução. Que é suja e perversa. Que vai fazê-la se sentir bem. Que vai fazê-la se sentir mal. Então tudo se torna um vicio. As cores escuras. A falta de amor. A solidão. Os risos histéricos e o sorriso falso. Mas era a única saída. Fingir. Não dói. Os flashes da foto de recordação que guardam o sorriso falso - que dói o rosto - e os olhos magoados - que ninguém nunca veria. Ela perde o amor de quem deveria amá-la , ou ela acha que perde. Ela se torna merecedora de nada. Ela é apenas mais uma derrotada. Ela se liberta do vicio enquanto chora voltando pra casa. Ela decide pelo pior. Sofrer. Ela se afunda no poço. Ela desiste de tudo. Viver é apenas consequência de quando ela se levanta de manhã. Viver é apenas um pequeno fato. Nenhum pouco importante. Ela sobrevivia, respirava. Apenas pra que não causasse dor a única pessoa a quem amava. Então ela acha de novo a solução. Ele estava tão mal quanto ela. Eles tinham os mesmos problemas. Ele a resgatou do poço. Jogou-lhe uma corda e puxou-lhe. Ela estava vendo a luz. Aproximava-se. Lentamente. Ela sairia da escuridão. A luz clareava seu corpo. Clareava sua mente. Mas ele começou a perder as forças. A puxar-lhe mais de vagar. Às vezes ele nem lhe puxava. Mas ela ainda acreditava nele, ela ainda via a luz. Quando ela apenas precisava que ele lhe estendesse a mão e a tirasse de lá. Ele estendeu-lhe a mão. Ela solta a corda, segura a mão oferecida. E depois ele a solta. A queda é longa. O baque no chão é dolorido. A perna quebrada. O coração despedaçado. Ela luta. Vence - acha que vence. Ela sai do poço. Ela não permite que nada se aproxime. Inviolável. Ela não luta mais pela felicidade. Ela foge dela. Ela constrói uma muralha, ao redor de si. Tijolo por tijolo. Alta o suficiente para que ninguém veja como ela realmente é. Ela se perdeu. E nunca se encontraria. Ela cria novas distrações. Novos amigos. Eles a ajudam. Mas ela não se ajuda. Então ela continua, dia apos dia. Com um sorriso falso no rosto e o sofrimento escondido por de baixo de camadas de sombra negra - como seu coração, como sua alma - que colore suas pálpebras. Ela não quer tentar. Ela tem medo de tentar.
Ela se perdeu há muito tempo, e não tem mais a certeza se que se encontrar.

Perfeição Tumultuada


Porque eu vivo em uma perfeição tumultuada onde tudo se mistura. O certo se funde ao errado em um turbilhão de cores que me deixam de ponta cabeça. O meu mundo de cabeça para baixo. Imperfeitamente perfeito. Milhares de nuances entre letras em frases emaranhadas que rompem os limites de minha lucidez.