sábado, 30 de janeiro de 2010

Anjo da Morte

Com um sorriso falso no rosto, e o sofrimento escondido por baixo de varias camadas de sombra preta que lhe cobria os olhos. Ela sorria e esbanjava a felicidade que não tinha. Que nunca teria. Ela era um produto e apenas isso. Ela era usada por todos. E nunca se importava. Era mais fácil desse jeito. Ela tinha medo. Corria. Chorava. Tudo em silencio. Sozinha. Sozinha, era como ela sempre estaria. A mão amiga, ela recusava. Pensava. Mais tarde aquilo a machucaria. Ela ocultava os sentimentos. Ela queria gritar. Queria se entregar ao nada. Mas apenas continuava a sorrir.
"As mascaras caem, um dia'' disseram-lhe uma vez e tudo que ela desejava, era que a dela caísse também para que finalmente pudesse viver. Ela se escondia, de novo. Sozinha. Sangrava. Pedia ajuda. Mas era apenas a escuridão. E essa, nunca poderia ajudá-la. Então ela se afunda. Ela rir durante o dia e chora durante a noite. Ela esta com pessoas que a fazem rir, não com as que a fazem feliz. Ela encontra a solução. Que é suja e perversa. Que vai fazê-la se sentir bem. Que vai fazê-la se sentir mal. Então tudo se torna um vicio. As cores escuras. A falta de amor. A solidão. Os risos histéricos e o sorriso falso. Mas era a única saída. Fingir. Não dói. Os flashes da foto de recordação que guardam o sorriso falso - que dói o rosto - e os olhos magoados - que ninguém nunca veria. Ela perde o amor de quem deveria amá-la , ou ela acha que perde. Ela se torna merecedora de nada. Ela é apenas mais uma derrotada. Ela se liberta do vicio enquanto chora voltando pra casa. Ela decide pelo pior. Sofrer. Ela se afunda no poço. Ela desiste de tudo. Viver é apenas consequência de quando ela se levanta de manhã. Viver é apenas um pequeno fato. Nenhum pouco importante. Ela sobrevivia, respirava. Apenas pra que não causasse dor a única pessoa a quem amava. Então ela acha de novo a solução. Ele estava tão mal quanto ela. Eles tinham os mesmos problemas. Ele a resgatou do poço. Jogou-lhe uma corda e puxou-lhe. Ela estava vendo a luz. Aproximava-se. Lentamente. Ela sairia da escuridão. A luz clareava seu corpo. Clareava sua mente. Mas ele começou a perder as forças. A puxar-lhe mais de vagar. Às vezes ele nem lhe puxava. Mas ela ainda acreditava nele, ela ainda via a luz. Quando ela apenas precisava que ele lhe estendesse a mão e a tirasse de lá. Ele estendeu-lhe a mão. Ela solta a corda, segura a mão oferecida. E depois ele a solta. A queda é longa. O baque no chão é dolorido. A perna quebrada. O coração despedaçado. Ela luta. Vence - acha que vence. Ela sai do poço. Ela não permite que nada se aproxime. Inviolável. Ela não luta mais pela felicidade. Ela foge dela. Ela constrói uma muralha, ao redor de si. Tijolo por tijolo. Alta o suficiente para que ninguém veja como ela realmente é. Ela se perdeu. E nunca se encontraria. Ela cria novas distrações. Novos amigos. Eles a ajudam. Mas ela não se ajuda. Então ela continua, dia apos dia. Com um sorriso falso no rosto e o sofrimento escondido por de baixo de camadas de sombra negra - como seu coração, como sua alma - que colore suas pálpebras. Ela não quer tentar. Ela tem medo de tentar.
Ela se perdeu há muito tempo, e não tem mais a certeza se que se encontrar.

6 comentários:

  1. E você achando que não ia ter o que postar, putz! Adorei. :*

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  2. maneiro seu texto, ficou muito bem escrito, seu blog ta de parabens

    http://viniciusoliveiraa.blogspot.com/

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  3. Perfeito! *-* sua bitch! E depois vem me dizer que não sabe escrever.. me poupe viu jéssica? ¬¬'

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  4. Jeeeh adorei! O sentimento é íncrivel, com certeza. Só quem passou, sabe.

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